Ao criar um produto ou serviço, a sua empresa deve levar em consideração que o mesmo só fará sentido se for capaz de suprir as necessidades ou os interesses de um certo público. No entanto, por mais básico que pareça este princípio, muitas empresas lançam um produto no mercado sem antes terem traçado um perfil semi-fictício do cliente para o qual querem vender.
A este arquétipo chamamos buyer persona.

A buyer persona é a figura de um cliente hipotético para a sua empresa, mas que compila um conjunto de características e comportamentos que marcam as pessoas reais que se interessam pelo seu produto ou serviço.

Acha que o conceito é muito parecido com o do tradicional público-alvo? Então explicamos a diferença. 

Diferença entre público-alvo e buyer persona

O público-alvo define as diferentes pessoas que podem se interessar pelo seu produto ou serviço. É um conceito amplo, que lhe dá uma ideia das variáveis de cada um dos seus clientes, como a idade, o sexo, a classe social e os seus comportamentos.

No entanto, a falta de precisão e as suposições em torno do seu público-alvo podem tornar o seu investimento em publicidade online menos rentável, caso não tenha a objetividade necessária para segmentar as suas campanhas.

Já a buyer persona é um perfil semi-fictício de um cliente, porque apesar de possuir nome, idade, sexo, ocupação e outras características fictícias, as mesmas são compatíveis com o seu cliente de eleição, aquele que mais quer atingir.

Se consegue definir quem é a sua buyer persona, poderá elaborar uma estratégia de marketing digital com mais foco e maior hipóteses de sucesso, através da personalização das campanhas.

É importante considerar que poderá criar não apenas uma, mas várias buyer personas que compõem o seu público-alvo.

Por exemplo, considere que tem um restaurante e precisa de definir as características do seu cliente. Quantos anos tem? Qual é o seu género? Onde vive? Prefere pedir a comida para levar ou prefere sentar-se no restaurante?

Tenha em mãos papel e caneta, anote todas as ideias que vêm à mente, desenhe a sua buyer persona e dê-lhe um nome, mas não perca o foco nas características que a aproximam dos seus reais clientes.

Exemplos

O dono de um restaurante pode naturalmente ter um público-alvo muito amplo, pelo que poderá achar viável definir mais de uma buyer persona. Neste caso, deve pensar nos clientes ideais, que saberiam valorizar os seus diferenciais, como a sua oferta de delivery e o seu espaço confortável e calmo.

Assim sendo, podemos pensar em duas buyer personas:

  • Joana, 25 anos, universitária, trabalhadora a part time, vive sozinha, volta para a casa às 20h, não gosta de cozinhar e gosta de tecnologias
  • Nuno, 40 anos, empresário, casado, possui filhos, vai a restaurantes aos fins de semana, gosta de um espaço calmo e aprecia as comidas de alta qualidade

Porquê criar uma buyer persona

Mesmo com exemplos, ainda acha que é uma perda de tempo criar a sua buyer persona? Pois bem, os factos mostram o contrário.

Uma pesquisa da Cintell, nos Estados Unidos, que ouviu os gestores de 137 empresas, concluiu que as empresas que alcançam a sua meta de receitas ou de geração de leads estão:

  • 2 vezes mais propensas a criar a sua buyer persona do que aquelas que não alcançam as suas metas;
  • 7,4 vezes mais propensas a atualizarem a sua buyer persona a cada semestre;
  • 3,8 vezes mais propensas a estabelecer um orçamento específico para a criação de uma buyer persona do que as que não alcançam as suas metas.

E então? Já percebeu porquê precisa de criar buyer personas para o seu negócio? Trata-se de um procedimento que pode parecer simples, mas que traz imenso retorno para a sua empresa.

Como criar uma buyer persona

Quando falamos de desenhar num papel a sua buyer persona, entenda que este é apenas um procedimento inicial, que lhe guiará nas grandes perguntas que deve construir neste processo de perceção do seu mercado.

Para desenvolver a sua buyer persona de forma correta vai precisar de investir mais tempo e mais recursos.

Voltando ao estudo que mencionámos, as empresas que ultrapassaram as suas metas de vendas realizaram um procedimento à moda antiga, mas que ainda funciona tão bem: conversar.

As mesmas realizaram entrevistas com clientes e não-clientes, com a equipa comercial e os executivos da marca, falaram até mesmo com outros profissionais cujos clientes estavam satisfeitos. 

É preciso recolher dados reais sobre os seus potenciais clientes. Faça pesquisas, estudos de mercado, monitorização da concorrência para ter uma ideia mais real de quem é o seu cliente ideal.

Talvez o seu orçamento não lhe permita fazer tudo o que uma multinacional faz, mas pode investigar o máximo que puder e, com base nos factos, elaborar o perfil da sua buyer persona. 

Quando conseguir definir quem é a sua buyer persona é hora de pensar numa estratégia de marketing digital que lhe irá permitir atraí-la e até mesmo fidelizá-la, através da criação de conteúdo de valor e que esclareça como o seu produto ou serviço pode suprir as suas necessidades ou desejos.  

Esta é a melhor hora para contar com o apoio de uma agência de marketing digital, que lhe poderá ajudar a elaborar a estratégia e um plano de ação, tornando o seu investimento em publicidade online muito mais rentável. 

Precisa de um apoio na sua estratégia de marketing digital? Conte connosco. A Infinidata faz crescer o seu negócio.